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O Vale da Graça

Por Alexandre Azevedo

O Vale do Piancó, localizado no semi-árido paraibano, sertão do estado da Paraíba, é assim chamado em homenagem ao chefe dos índios Coremas, primeiros habitantes da região, que chamava-se Piancó. O nome Piancó, em tupi, significa “terror”, “pavor”, provavelmente uma menção ao espírito guerreiro desse chefe, que impunha tal sentimento aos seus inimigos.

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Vale do Piancó (Vale do Terror, do pavor). Terror, pavor são sentimentos que expressam o drama de uma alma aflita, diante de uma força maior que a sua. É um estado psicológico de sujeição e de fatalidade. É uma condição com o potencial de roubar a esperança e de neutralizar a alegria. É assim que muitos vivem no Vale do Piancó: sem esperança, sem alegria, na escuridão. Este é o estado daqueles cuja vida foi assaltada pelo terror do diabo e pelas consequências do pecado.

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A Palavra de Deus nos fala de pessoas que também viviam nessa condição, que estavam imersas em trevas e que habitavam na região da sombra da morte, até que foram alcançadas pela luz de Cristo e experimentaram uma grande salvação: “Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia; e, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: a terra de Zebulom, e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou”. (Mateus 4:12-16)

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Cristo é a esperança do Vale do Piancó; é o único que pode iluminar a vida dos que estão na escuridão da idolatria, da escravidão do pecado; daqueles sobre os quais a morte, em todas as acepções da palavra, se projetou, transformando suas existências num fardo insuportável. Esta tem sido a experiência de muitos sertanejos que, tendo sido, anteriormente, escravizados sob o terror das trevas, ouviram o Evangelho, viram a luz de Cristo, e tiveram suas vidas transformadas. Estes são os mesmos que hoje proclamam as Boas Novas em cada cidade, em cada povoado, em cada sítio do Vale do Piancó, contribuindo para que o vale do terror se transforme no vale da Graça.

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